"She wasn’t interested in telling other people’s futures. She was interested in going out and finding her own".
Era uma vez, em uma livraria distante (ano de 2012), quando Bia no auge de seus 20 anos avistou "The Raven Boys" na prateleira da seção de livros importados e pensou: "Oba, livro novo da Maggie Stiefvater. "Calafrio" foi tão legal, esse deve ser ótimo também, vou comprar" (e seguindo essa linha de raciocínio, minha TBR está com quase 100 livros no atual momento).
Eis que praticamente 4 anos se passaram e o livro ficou jogado e esquecido na estante (assim como os outros trocentos livros que eu compro por impulso), porém com o lançamento de "The Raven King" (o último volume dessa série) eu finalmente inspirei-me para ler esse livro e meu pensamento ao terminar sua leitura foi: "Como é que eu deixei essa obra de arte parada na minha estante por tanto tempo? Bia, você me desaponta".
"Os Garotos Corvos" sintetiza tudo o que eu espero de um livro jovem adulto sobrenatural, porém antes de morrer de amores pela obra, vamos ao breve resumo.
Blue Sargente é uma garota de 16 anos, cuja mãe e tias são clarividentes, portanto pode-se dizer que atividades como passar a véspera do dia de São Marcos, sentada em uma igreja abandonada, esperando ver os espíritos daqueles que irão morrer nos próximos doze meses é mais um dos afazeres corriqueiros que a garota encontra.
Vivendo com os escassos recursos financeiros, gerados das atividades paranormais de sua mãe e tias, Blue tem aversão aos garotos ricos da cidade que estudam na Academia Aglionby. Os meninos dessa escola privada esbanjam dinheiro e poder pela cidade, desfilando com seus carros luxuosos e alheios aos problemas daqueles que não pertencem a sua classe social.
É com todo esse ódio no coração que Blue fica estupefata, durante o evento de São Marcos, ao ver e conversar com o espírito de Gansey (um dos garotos mais ricos de Aglionby). Diferente de toda sua família, Blue não tem o dom da visão e o fato de ter visto o espectro de Gansey na igreja abandonada só pode significar duas coisas: ou o rapaz é seu único e verdadeiro amor ou a moça será responsável por sua morte.
Para dificultar ainda mais a vida da moça, sua mãe e suas tias, previram desde o dia de seu nascimento que: "Se Blue beijar seu amor verdadeiro, ele irá morrer" (that's right, no fun for Blue). Então como todo ser humano racional, a garota faz o possível para não encontrar-se com Gansey, mas o rapaz (que também tende a praticar umas atividades sobrenaturais) marca uma sessão com a mãe de Blue para descobrir mais sobre seu futuro. E assim é dada a largada para o desenrolar do enredo, que irá apresentar outros personagens e complicações.